O ano de 2021, de fato, é o maior da história do Atlético-MG. Somente 13 dias depois de acabar com um jejum de 50 anos sem ganhar o Brasileirão, o Galo voltou a gritar “É campeão!”. Isso porque o Atlético-MG conquistou também a Copa do Brasil, garantiu a dobradinha nacional e ratificou o status de time sensação da temporada.

Na Arena da Baixada lotada, nesta quarta-feira, o Galo mostrou sua força e venceu o Athletico-PR por 2 a 1, no segundo jogo da final. Keno e Hulk marcaram os gols do Alvinegro, e Jáderson fez o de honra do Furacão.

O time mineiro levantou a taça e comemorou o bicampeonato da Copa do Brasil (havia vencido a competição em 2014). Com estes dois títulos e o Estadual, o Atlético igualou o feito do rival Cruzeiro, de 2003, garantindo a tríplice coroa.

Por ter vencido a partida de ida por 4 a 0, no Mineirão, o Atlético-MG entrou em campo com uma grande vantagem para administrar. Por sua vez, o Furacão começou o jogo precisando de um milagre para poder tirar a diferença no confronto. E, com a bola rolando, a missão ficou realmente impossível.

Por levantar o troféu da Copa do Brasil deste ano, o Atlético Mineiro receberá o prêmio de R$ 56 milhões. Enquanto isso, o vice-campeão Athletico-PR – que venceu a Copa Sul-Americana 2021 – garantirá ao menos R$ 23 milhões de premiação por ter chegado na final.

Escalação dos times para a final

O time comandado pelo técnico Alberto Valentim foi escalado com: Santos; Pedro Henrique, Marcinho, José Ivaldo e Abner; Erick, Léo Cittadini, Christian; Pedro Rocha (Nikão), Terans e Renato Kayzer.

Desfalques: Thiago Heleno (suspenso), Carlos Eduardo (lesão muscular), Bissoli (jogou pelo Cruzeiro na Copa do Brasil), Lucas Halter (lesão no pé esquerdo) e Matheus Babi (lesão no joelho).

O campeão brasileiro Atlético-MG, dirigido por Cuca, foi a campo com a seguinte escalação: Everson; Mariano, Igor Rabello, Junior Alonso e Guilherme Arana; Allan, Jair e Zaracho; Vargas, Hulk e Keno.

Desfalques: Diego Costa (desconforto muscular na coxa) e Nathan Silva (jogou pela Atlético-GO na Copa do Brasil).

Gol anulado do Furacão, e Keno abre o placar

Antes de mais nada, o jogo começou bastante pegado desde os primeiros minutos. Os jogadores do Athletico-PR cometeram faltas duras, e os do Atlético-MG ficaram bastante irritados. O árbitro Anderson Daronco teve trabalho para acalmar os ânimos, acabar com as discussões e fazer o jogo fluir em Curitiba.

A primeira grande chance aconteceu só aos 19 minutos. Pedro Rocha marcou para o Furacão, mas o gol foi anulado após intervenção do VAR. Na jogada, Léo Cittadini cruzou na área, e a bola sobrou para o atacante do Furacão, sem marcação, empurrar para a rede. No entanto, Daronco decidiu anular o gol por causa do toque de mão no domínio.

Para frustração ficar ainda maior no lado rubro-negro, o Galo abriu o placar seis minutos depois. Em contra-ataque fatal, Zaracho recebeu de Vargas na direita. Então, o argentino tocou rasteiro para Keno, no meio da área, finalizar com força. Enfim saiu o primeiro gol na Arena da Baixada.

Embalado, o Atlético quase ampliou em cavadinha de Hulk, mas a bola foi para fora. O gol sofrido diminuiu o ímpeto do Athletico, que viu a vantagem do time mineiro no confronto aumentar para 5 a 0. Sendo assim, o Furacão criou só mais uma outra boa chance, com Terans. Nos minutos finais, ocorreu uma nova confusão antes de o árbitro encerrar o primeiro tempo.


Hulk faz golaço, Athletico diminui e Galo leva o bi

O Furacão começou o segundo tempo pressionando. Logo aos dois minutos, Fernando Canesin arriscou de longe e obrigou Éverson a espalmar. Aos cinco, Terans bateu escanteio pela esquerda, Jair tentou cortar na área e mandou para trás. A bola passou rente à trave. 

Empurrado pela torcida, o Athletico perdeu outra boa oportunidade. Com nove minutos, Pedro Rocha ajeitou para Fernando Canesin na área mandar a bomba de primeira. O goleiro Éverson desviou. Aos 11, mais um gol anulado do Furacão. Vinícius Mingotti foi lançado por Terans pelo lado direito da área, girou e bateu rasteiro de canhota no canto para empatar. Contudo, o auxiliar assinalou impedimento do atacante.

Seis minutos depois, Marcinho arriscou chute da intermediária, a bola desviou em Allan e Éverson defendeu mais uma. O Galo só foi responder aos 22 minutos. Arana fez boa jogada individual, invadiu a área pela esquerda, cruzou, mas Hulk não conseguiu alcançar a bola para finalizar. 

Na sequência, Allan soltou uma bomba cruzada e Santos fez grande defesa. Com 30, porém, saiu o segundo gol do Galo. Em mais um contra-ataque, Savarino deu passe açucarado para Hulk nas costas de José Ivaldo. O artilheiro saiu cara a cara com o goleiro e tocou de cavadinha por cima para marcar um golaço: 2 a 0. 

Atrás no placar e aplaudido pela torcida, o Furacão foi para cima e diminuiu aos 42. Abner cruzou da intermediária, Igor Rabello tentou cortar e acabou desviando para trás. Totalmente livre na área, Jáderson tocou de cabeça para o fundo da rede. Mas ficou nisso: 2 a 1 (6 a 1 no placar agregado) e bicampeonato para o Galo. Que ano mágico!

Hulk comemora o bicampeonato e mais uma artilharia

Autor do segundo gol do Galo na vitória por 2 a 1 na Arena da Baixada, Hulk era só alegria após a partida. Artilheiro da Copa do Brasil com oito gols, o atacante também levou o prêmio de melhor jogador da competição.

Na Copa do Brasil, Hulk fez três gols a mais que Rigoni, do São Paulo, e Rossi, do Bahia, que foram os vice-artilheiros do torneio com cinco gols. Na final contra o Athletico-PR, o atacante marcou um gol na ida e outro na volta.

Hulk viveu um de seus melhores momentos na carreira nesta temporada. O atacante de 35 anos marcou 36 gols e deu 13 assistências para gol em 68 partidas com a camisa alvinegra. Um ano mágico para o artilheiro.

– Não é fácil conseguir ser o artilheiro das maiores competições do país. Estou muito feliz pelo coletivo. Um bicampeonato que esperaram 50 anos e ser coroado com esse título aqui. Nossa tríplice coroa, todo mundo na ansiedade querendo comemorar – falou Hulk em entrevista à TV Globo.

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