- Dupla John Kennedy e Endrick funciona e Seleção marca
- Time não foi tão bem quanto esperado, mas conquista a vitória
- Técnico da Bolívia, Antônio Carlos Zago acabou expulso
O Brasil não foi tão bem quanto esperado, mas conseguiu vencer a Bolívia, na tarde desta terça-feira, em Caracas, na Venezuela, em partida válida pela primeira rodada do Pré-Olímpico de Futebol Masculino, que dá vaga para os Jogos Olímpicos de Paris. A equipe treinada por Ramon Menezes ficou presa na marcação boliviana e isso acabou irritando os jogadores brasileiros.
Com pouca inspiração coletiva, restou o talento dos meninos do ataque. John Kennedy deu a assistência e Endrick, o caçula da Seleção, marcou o único gol do jogo ainda no primeiro tempo. Com três pontos, a Seleção Brasileira começa com o pé direito a competição. Em seu próximo compromisso, a equipe canarinha encara a Colômbia, na sexta-feira. Enquanto isso, a Bolívia pega o Equador no mesmo dia.
O técnico brasileiro que comanda a Bolívia, Antônio Carlos Zago, não gostou nada da partida. Não somente porque perdeu o jogo, mas se irritou com a arbitragem durante todo o confronto. Por conta disso, acabou expulso pelo árbitro, deixando a sua equipe sem comando. Vale lembrar também que Daniel Ribera também levou cartão vermelho e a Bolívia finalizou o duelo com apenas 10 jogadores.
Dupla mostra entrosamento
O primeiro tempo começou um pouco tenso. O time brasileiro demorou a entrar na partida. Enquanto isso, a Bolívia mostrou uma forte marcação e as linhas um pouco mais altas do que de costume. Assim, no primeiro lance de perigo do jogo, John Kennedy brigou pela bola e ela sobrou para o atacante Endrick. O jovem do Palmeiras se livrou da marcação e tocou na saída do goleiro. Era o primeiro gol do Brasil, o que seria um prenúncio de um grande jogo.
A partir do gol, o jogo caiu de rendimento. A Bolívia apertou marcação e os jogadores brasileiros ficaram irritado. John Kennedy levou cartão amarelo por uma entrada forte em um boliviano. Assim, o primeiro tempo só voltou a ter um lance de ataque depois dos 13 minutos, com Villamil, que chutou de longe. Mycael apenas acompanhou a passagem da bola pela baliza.
O mesmo Villamil arriscou mais uma vez, mas a bola passou longe mais uma vez. O Brasil tinha muita dificuldade de se desvencilhar da marcação boliviana e, além da irritação com a forte linha defensiva, a falta de toques na bola foi deixando os meninos da Seleção mais nervosos. Michel foi o único a tentar algo diferente depois dos 30 minutos. Sem sucesso, os jogadores foram para o vestiários frustrados com a má exibição.
Pouca inspiração
A garotada do Brasil precisava dar uma resposta no segundo tempo. E ela quase veio dos pés de Marquinhos. O atacante fez uma jogada individual e chutou com efeito. A bola passou por Adorno antes de bater na trave e sair pela linha de fundo. Foi o primeiro lance de ataque perigoso do Brasil depois do gol, aos três minutos do primeiro tempo.
O Brasil chegou a marcar com Michel em uma cobrança de escanteio. Depois da batida, a bola desviou em Endrick, mas o zagueiro estava em posição irregular. As entradas de Gabriel Pec e Maurício melhoraram a Seleção Brasileira. Adorno passou a trabalhar um pouco mais e o ritmo do time mudou. O meia do Internacional, depois da jogada de John Kennedy, fez o goleiro boliviano trabalhar. As jogadas passaram a sair com mais facilidade.
Foi então que o Brasil começou a apertar mais a saída de bola da Bolívia. Aos 24 minutos, mais um lance de gol para a Seleção Brasileira e mais uma vez impedimento. Desta vez, do menino Endrick que completou um ataque de Gabriel Pec. Contudo, nada de sair mais um gol. O time de Ramon Menezes estava deixando a desejar. Antônio Carlos Zago ainda foi expulso de jogo, assim como um de seus atletas, mas nada mudou. Por fim, Miguel Villaroel ainda assustou Mycael com um chute de longe e foi só. Vitória do Brasil, mas com sabor de decepção.