- Ary Borges marcou três vezes e é artilheira do Mundial
- Bia Zaneratto também marca e faz seu primeiro gol em Copa
- Brasil agora encara a seleção da França no próximo sábado
O Brasil começou com o pé direito na Copa do Mundo Feminina da Austrália e da Nova Zelândia. As meninas da Seleção Brasileira superaram o nervosismo da estreia e venceram bem a seleção do Panamá por 4 a 0, na manhã desta segunda-feira, no Estádio Hindmarsh, em Adelaide, na Austrália, em partida válida pela primeira rodada do Grupo F do Mundial. As comandadas de Pia Sundhage mostraram maturidade e firmeza para garantir os primeiros três pontos na competição.
Ary Borges brilhou e foi o grande destaque do Brasil nesta estreia. Tabelou, apareceu na área, marcou três gols e deu a assistência de calcanhar para Bia Zaneratto fazer o seu. Uma estreia que gera muita expectativa para a sequência do Mundial. Com a vitória, as meninas do Brasil assumem a liderança de sua chave, com três pontos ganhos. A França, que tropeçou na estreia contra a Jamaica, vem em seguida com a seleção da América Central. O Panamá é o lanterna do grupo. Na próxima rodada, Brasil e França medirão forças no próximo sábado.
Pressão e gols no primeiro tempo
O primeiro tempo começou com tudo para a Seleção Brasileira. Antes mesmo do primeiro minuto de jogo, Bia Zaneratto recebeu de Debinha e lançou Adriana. A camisa 11 do Brasil invadiu a área, mas Bailey saiu bem e conseguiu evitar o primeiro gol das meninas do Brasil na Copa do Mundo. O início mostrou que era questão de calma e tempo para o gol sair. Isso porque as jogadas e finalizações estavam saindo com tranquilidade.
Bia Zaneratto era muito acionada. Afinal, por conta disso, a atacante disparou nas estatísticas de finalizações na etapa inicial. O Panamá, por sua vez, não conseguia ficar com a bola. Isso teve um preço: Debinha recebeu pela esquerda, puxou para a perna direita e cruzou. Ary Borges, livre, cabeceou com estilo e abriu o placar, aos 18 minutos. Era o primeiro (quem sabe de muitos) gol do Brasil na Copa do Mundo Feminina.
Mais pressão do Brasil
O Mapa da Mina para a Seleção Brasileira se desenhou pelo lado esquerdo. Era por ali que as jogadas da equipe treinada por Pia Sundhage criava as melhores jogadas, principalmente após o gol. Aos 35 minutos, Bailey fez grande intervenção no lance mais bonito do primeiro tempo. Luana recebeu de Bia Zaneratto e chutou colocado. A arqueira panamenha fez uma grande defesa e colocou para escanteio.
Contudo, dois minutos depois, o Brasil chegou ao segundo gol. Em mais uma jogada pela esquerda, Tamires fez o cruzamento, Ary Borges ganhou da defesa e cabeceou para o gol. Bailey fez a defesa parcial, mas no rebote, a mesma Ary Borges colocou para o fundo das redes. Era o segundo gol do Brasil, o segundo de Ary Borges, que se tornava a artilheira da competição naquele momento e dava tranquilidade para as meninas.
Segundo tempo com mais gol de Ary
O segundo tempo começou conforme terminou o primeiro. Jogada pela esquerda com Debinha, cruzamento na área e gol. Sempre pelo lado esquerdo, a atacante tabelou com Adriana e cruzou para a área. Ary Borges domina a bola e ajeita para Bia Zaneratto chutar colocado e marcar o terceiro gol brasileiro. Um bonito gol para o Brasil na Copa do Mundo Feminina.
O gol deu uma tranquilidade a mais para as meninas, mas ao mesmo tempo um relaxamento natural. Por isso, as chances de gol diminuiram bastante depois do gol de Zaneratto. Assim, a seleção do Panamá cresceu no jogo. Baltrip-Reyes, zagueira, recebeu na ponta esquerda. Cortou para o meio e chutou para a defesa de Lelê. Minutos depois foi a vez de Schiandra González arriscar a finalização. Dessa vez, a bola foi muito longe do gol.
O Panamá criou a sua melhor chance com Tanner, mas Lelê salvou novamente. Foi então que as jogadas pelo lado esquerdo voltaram. E se o lado esquerdo voltou a aparecer, Ary Borges também. Aos 24, Geyse recebeu de Thamires e cruzou. Ary Borges apareceu para superar Bailey e marcar o seu terceiro gol na partida e o quarto do Brasil. Com o gol, Ary assumiu sozinha a artilharia da Copa do Mundo Feminina.
O quarto gol deu ainda mais tranquilidade para o Brasil e motivou a técnica sueca a colocar Marta. A camisa 10 do Brasil entrou para o delírio dos torcedores. Mas nem mesmo a presença de Marta foi capaz de empurrar o time para mais um gol. Um relaxamento natural de quem transformou a tensão da estreia em gols e agora mira no grande jogo da próxima rodada contra a França.