• Alemanha e Brasil deram lugar a Marrocos e Jamaica
  • EUA passou em segundo, mas seguem com o sonho vivo
  • Inglaterra surge como forte candidata para chegar à final

A Copa do Mundo Feminina deu uma pausa nesta sexta-feira depois de dias intensos na primeira fase da competição. Neste sábado, começam as oitavas de final da competição reunindo as melhores 16 seleções do torneio. Entre elas, favoritas a levantar o troféu como EUA, Inglaterra, Noruega, entre outras que correm por fora, como é o caso da Holanda, vice-campeã na última edição, na França em 2019, além das próprias francesas que passaram sem dificuldades pelo Grupo F.

E por falar em Grupo F, parece que a Copa do Mundo Feminina da Austrália e da Nova Zelândia reservou as maiores surpresas para dois grupos que se cruzam nesta fase que se inicia no sábado. Enquanto os analistas e torcedores contavam com um confronto entre Alemanha, do Grupo H, e Brasil, do Grupo F, nas oitavas, as duas seleções que se enfrentaram na Copa do Mundo de 2007 na grande final, acabaram pelo caminho e protagonizaram as maiores zebras desta edição do Mundial.

Grupo A

O Grupo A era a chave da Nova Zelândia, uma das donas da casa. As anfitriãs começaram bem a competição e conseguiram uma importante vitória sobre a Noruega, uma das favoritas ao troféu. Mas as meninas acabaram perdendo força ao tropeçarem nas Filipinas. Por fim, a Noruega se recuperou e passou em segundo no grupo. A líder da chave, Suíça, não figurava entre as favoritas, mas fez uma primeira fase sem maiores sustos e ganhou moral para o mata-mata.

Grupo B

Na chave da outra anfitriã, Austrália, pode-se dizer que houve uma grande surpresa também. As Matildas, como são conhecidas as meninas australianas da seleção, passaram como líderes do Grupo B, que tinha Nigéria, Irlanda e Canadá. Esta última, vinha com o status de campeãs olímpicas. Embora não tivessem o carimbo de favoritas, deixaram a desejar e se despediram com uma goleada sofrida pela Austrália. A Nigéria fez bonito e garantiu uma vaga no mata-mata. A Irlanda saiu como lanterna.

Grupo C

Talvez tenha sido a chave mais previsível de toda Copa do Mundo Feminina. Isso porque as seleções do Japão, campeãs do mundo, e da Espanha, que tem a melhor jogadora do mundo, Alexia Putellas, passaram sem maiores sustos pela primeira fase. Com destaque para as goleadas das japonesas na seleção da Zâmbia e na Espanha, na última rodada. Vale lembrar que o Japão ainda não tomou gol e surge como candidato a ir à final no próximo dia 19, em Brisbane, na Austrália.

Grupo D

O Grupo D com Inglaterra, Dinamarca, China e Haiti também não houve maiores surpresas. Talvez a China pudesse render melhor, mas as duas classificadas têm prestígio no cenário do futebol feminino mundial. Vale destacar a boa campanha e a consistência inglesa nas três partidas. Com organização e solidez defensiva, a Inglaterra, campeã europeia, surge como grande favorita ao troféu. Outro ponto de destaque desse time é a atacante do PSG, Lauren James, que vem sendo a principal jogadora deste elenco.

Grupo E

A chave da principal seleção do mundo gerou enorme expectativa em todo o público. Apesar de não estar mais como há quatro anos, Magan Rapinoe, que deve se aposentar no fim desta temporada, segue gerando preocupação nas adversárias. Contudo, os EUA decepcionaram nesta primeira fase. Com apenas uma vitória sobre a frágil seleção do Vietnã, as norte-americanas viram o sonho do tetra quase acabar em uma bola na trave nos acréscimos na última rodada contra Portugal. Já a Holanda, vice-campeã em 2019, vai com força para as oitavas de final.

Grupo F

O grupo com uma das maiores decepções deste Mundial. Mesmo começando bem, a Seleção Brasileira acabou perdendo para a França na segunda rodada. No jogo final, não conseguiu fazer um gol na Jamaica e viu as meninas caribenhas comemorarem a classificação pela primeira vez em sua história. O Brasil ainda teve de se despedir de Marta, a maior jogadora de todos os tempos, que anunciou a sua aposentadoria da Seleção. A França, favorita do grupo, deu susto ao empatar com as jamaicanas na estreia, mas passou em primeiro sob o brilho de Wendie Renard, capitã e destaque do time.

Grupo G

No Grupo G, Suécia sobrou e passou sem sustos, como era de se esperar. A segunda vaga, no entanto, era uma incógnita. Isso porque a Itália poderia garantir essa vaga, mas Argentina e África do Sul corriam por fora. E foi exatamente o que aconteceu. As sul-americanas ficaram pelo caminho, mas as africanas venceram na última rodada. A Itália ainda chegou a empatar duas vezes, mas no fim, a África do Sul marcou e deixou as europeias pelo caminho. Esta foi a primeira vez que a seleção em questão passou para o mata-mata da Copa.

Grupo H

Como dito acima, o Grupo H também reservou a grande zebra desse Mundial. A Alemanha, campeã do mundo em 2003 e 2007, e vice-campeã europeia na última temporada, ficou fora das oitavas de final pela primeira vez em sua história. A campanha de uma vitória, uma derrota e um empate deixou as alemãs eliminadas na fase de grupos. A Colômbia, algoz da Alemanha na segunda rodada, passou em primeiro na chave. Na última rodada, perdeu para a seleção do Marrocos. E foi exatamente essa vitória marroquina que tirou as todas poderosas da competição. Colômbia e Marrocos foram as vencedoras do grupo.