• Olga Carmona marca o gol do título inédito para a Espanha
  • Mesmo em crise com atletas, Jorge Vilda conquista a Copa
  • Técnica Sarina Wiegman marga seu segundo vice-campeonato

A Espanha é a nova campeã do mundo do futebol feminino. As meninas da seleção venceram a Inglaterra por 1 a 0, na manhã deste domingo, no Estádio Olímpico de Sydney, na Austrália, em partida válida pela decisão da Copa do Mundo, disputada pela primeira vez na Oceania (Austrália e Nova Zelândia). A partida teve tensão, pênalti perdido, mas em um todo, a equipe treinada pelo técnico Jorge Vilda foi melhor e teve as melhores chances de gol durante toda a decisão.

Por outro lado, as meninas da técnica Sarina Wiegman em nenhum momento mostraram o ímpeto tático que apresentaram durante este Mundial. A treinadora, inclusive, amargou o seu segundo vice-campeonato seguido. Sarina era a treinadora da Holanda, quando esta perdeu para os EUA, em 2019. Então, levou vantagem o talento e as boas jogadoras presentes entre as espanholas.

Portanto, com a vitória, a Espanha chegou ao seu primeiro título com apenas a terceira participação em Copas do Mundo. Em 2015, foram eliminadas na fase de grupos. Em 2019, foram até as oitavas de final. E agora levaram o troféu. Vale lembrar que o título do sub-17 e do sub-20 também são das espanholas. Neste domingo chegou, então, a taça que faltava

A partida que deu o título às meninas espanholas foi decidida em um gol de Olga Carmona ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, Jenni Hermoso teve a chance de ampliar em uma cobrança de pênalti, mas Mary Earps, talvez a melhor goleira da competição, fez grande defesa.

Gol no primeiro tempo

O primeiro tempo começou com as duas equipes se estudando. Demorou muito para os dois times começarem a criar as suas jogadas e mostrar as suas estratégias. Com uma escalação mais conservadora, as leoas conseguiram avançar as linhas. Com isso, obrigou as meninas espanholas a usarem a velocista Paralluelo para conseguir sair. Entretanto, jogadas de muito perigo mesmo, até os 10 minutos não teve.

Mas foi então que a partir dos 15 minutos, os dois times, respeitando as suas características, criaram seus primeiros lances de gol. A primeira foi a Inglaterra. No toque de bola, ela ficou com Lauren Hemp, que chutou de primeira. A bola bateu no travessão de Cata Coll. A arqueira espanhola já havia passado pela bola. Era o primeiro lance de real perigo para o gol espanhol.

Assim, como se fosse responder, também respeitando as suas características, as meninas espanholas chegaram em velocidade pela esquerda. Houve o cruzamento para Paralluelo, que furou na pequena área. A bola chegou em Redondo, que finalizou para a ótima defesa de Mary Earps. Por muito pouco, então, não saiu o gol da Espanha na decisão.

O lance acordou o time espanhol. Com vantagem no meio-campo, as meninas comandadas pelo técnico Jorge Vilda cresceram na partida. Então, não demorou muito para abrirem o placar. Abelleira roubou a bola no meio e saiu em velocidade com Caldentey. Esta passou para Olga Carmona. A capitã avançou e chutou cruzado para vencer Mary Earps e abrir o placar na final da Copa do Mundo. Antes de terminar o primeiro tempo, Paralluelo ainda mandou uma bola na trave. Ou seja, primeiro tempo dominado pela Espanha.

Segunda etapa tensa

O segundo tempo começou com a Espanha dominando o jogo ainda. Mesmo com a entrada de Lauren James, a Inglaterra demorou para se acertar. Com isso, as meninas espanholas chegaram com perigo logo aos quatro minutos. Caldentey fez a jogada e finalizou de fora da área. Mary Earps se esticou toda para fazer a primeira defesa do segundo tempo.

Assim, o jogo seguiu e a Inglaterra finalmente chegou. Mas ainda de forma tímida e com bolas longas. Jess Carter, a zagueira, contudo, furou em sua oportunidade. Isso somente aos 12 minutos. Demorou para as inglesas chegarem. Dois minutos depois, Chloe Kelly apareceu pela ponta direita e cruzou. A bola bateu no travessão. Era a segunda bola no travessão do jogo para as meninas inglesas.

Depois dessas duas jogadas, a Espanha retomou as rédeas do jogo. Bonmatí finalizou perto da meta de Mary Earps. Foi então que surgiu o lance mais polêmico da final. Caldentey chegou driblando na área e Keira Walsh bateu com a mão na bola. Com a checagem do VAR, a arbitragem marcou a penalidade. Jenni Hermoso pegou a bola e cobrou. Mary Earps fez grande defesa. Era a chance do segundo gol.

Com o pênalti perdido, a Espanha viu Lauren James crescer no jogo e obrigar, minutos depois, Cata Coll a fazer a sua melhor defesa na partida. O jogo, então, passou a ficar nervoso e tenso. A Inglaterra subiu as linhas e foi atrás do empate. Mas não teve jeito. Earps ainda evitou outro gol espanhol. Contudo, nem mesmo os 13 minutos de acréscimos foram capazes de tirar o título espanhol.

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