• John Kennedy e Germán Cano decidem para o Tricolor das Laranjeiras
  • Mercado abre o placar, mas vê o Colorado sucumbir no segundo tempo
  • Enner Valencia desperdiça chances claras e vira o vilão do Colorado

O Fluminense está de volta a uma decisão de Copa Libertadores. Depois de 15 anos, o Tricolor das Laranjeiras se credenciou ao título de campeão da América ao vencer o Internacional por 2 a 1, de virada, com dois gols em cinco minutos, no fim da partida. Em duelo válido pela semifinal da competição continental, no Beira-Rio, em Porto Alegre, diante de mais de 50 mil colorados, os comandados de Fernando Diniz souberam segurar a pressão inicial. Assim, depois de pôr o seu jogo em prática, cresceu no confronto e mereceu a vitória.

Depois do 2 a 2 no primeiro jogo, o Colorado foi para cima e saiu na frente depois da cobrança de escanteio. Fábio saiu mal do gol e Mercado abriu o placar. No segundo tempo, o jogo passou a ser do Tricolor. Mas os colorados eram perigosos. Foi assim que Enner Valencia virou o vilão. O equatoriano perdeu três chances claras de gol e não conseguiu carimbar a vaga para a final.

A bola pune

E como acontece normalmente nesse esporte chamado futebol, a bola é implacável, principalmente quando a maltratam: John Kennedy deixou tudo igual em um toque na saída de Rochet. E, minutos depois, quando o relógio marcava 41 minutos, Germán Cano fez o seu 12° gol na competição. Esse sim decidiu os jogos, já que havia marcado dois no primeiro confronto.

Com a vitória, o Fluminense chega a uma decisão após 15 anos. Na primeira e única vez, o Tricolor das Laranjeiras perdeu o título nos pênaltis para a LDU, em pleno Maracanã. E será no Maior do Mundo o encontro marcado com a taça. Agora, o Tricolor aguarda o vencedor de Palmeiras e Boca Juniors, que se enfrentam nesta quinta-feira, no Allianz Parque.

Internacional sai na frente e Flu não joga

O primeiro tempo começou com o Internacional tomando a iniciativa do jogo. O Fluminense, acuado, observou os colorados assustarem o goleiro Fábio logo nos primeiros minutos. Embora a bola não tenha chegado ao goleiro, o time da casa estava por perto. Na verdade, quem obrigou o goleiro a trabalhar foi Germán Cano. Na primeira descida do Tricolor, o argentino arriscou de longe e Rochet pegou em dois tempos.

No lance seguinte, Wanderson avançou em velocidade ao campo de ataque e chutou forte. Fábio fez a defesa e colocou para escanteio. Assim nasceu o gol do Colorado. Na cobrança de escanteio, Fábio saiu mal e Mercado completou para o gol vazio. Era o primeiro gol do jogo, o primeiro do Internacional. O resultado ia colocando o Colorado na decisão da Libertadores.

O gol não diminuiu o ritmo do Internacional, que seguiu no ataque. Depois de uma roubada de bola, Wanderson lançou Maurício, que limpou a defesa e chutou forte. Fábio salvou o Fluminense mais uma vez. Foi então que a partir dos 30 minutos, o Fluminense se acalmou e passou a colocar a bola no chão. Sem correria, o time de Fernando Diniz, então, tocou a bola. E de pé em pé, foi avançando aos poucos.

Assim, a estratégia do time carioca começou a dar certo. Estava longe do gol, passou a rondar mais a área adversária. Até que Cano recebeu um longo lançamento. Gingou para cima da defesa colorada e chutou. A bola bateu no zagueiro e encobriu Rochet. Ao tocar na trave, a sobra ainda teve uma cabeçada que bateu no zagueiro. No entanto, a arbitragem já estava assinalando uma irregularidade.

Valencia desperdiça chances e atrapalha

Fernando Diniz foi para o tudo ou nada. No intervalo, pôs Martinelli e John Kennedy nos lugares de Felipe Melo e Alexsander. O time ficou com mais presença no ataque. Entretanto, abriu a defesa. Mesmo assim, valia o risco. Tanto é que Germán Cano, logo aos sete minutos, arriscou de longe e a bola passou perto. Era a primeira finalização do Tricolor. Com mais jogadores no ataque, o Internacional foi mostrando dificuldade na marcação.

O Internacional não era implacável na marcação como no primeiro tempo, mas quando conseguia roubar a bola, era perigoso. Foi então que Enner Valencia, o homem que chegou para decidir, entrou como protagonista. Contudo, da pior maneira possível. Começou com uma arrancada com a bola dominada. Antes de finalizar, Nino salvou o que poderia ser o segundo gol do Colorado.

Minutos mais tarde, o equatoriano aproveitou uma falta cobrada por Alan Patrick. Sem pular, sozinho, livre de marcação, o centroavante mandou de cabeça para fora. Era mais uma chance de matar o jogo desperdiçada. Em outro momento, De Pena lançou Valencia. De frente para Fábio, sem marcação, o centroavante mandou para fora. Essas chances poderiam colocar o Internacional na decisão. Mas o futebol não perdoa.

John Kennedy e Cano decidem

Foi então que começou a brilhar a estrela do técnico Fernando Diniz. Marcelo passou a flutuar em campo e o Tricolor das Laranjeiras cresceu. Foi assim que surgiu o gol de empate. A bola saiu da esquerda, passou pelo lateral-esquerdo, que pulou da bola. Germán Cano lançou o menino de Xerém, que com um toque de gente grande, tirou Rochet da jogada e marcou o gol de empate. Era o gol do alívio tricolor.

O gol aos 35 minutos mudou o pensamento dos dois times. Entretanto, enquanto o Colorado começou a pensar nas penalidades máximas, o Tricolor das Laranjeiras queria mais. E conseguiu. Yony González começou a jogada no lado direito, passou para John Kennedy, que deixou a bola passar. Germán Cano, sempre ele, estava atrás e, da marca do pênalti, de primeira fez o gol da decisão do dia 4 de novembro.

O Internacional entrou em desespero e ainda conseguiu criar mais uma chance. Na cobrança de escanteio, Luiz Adriano subiu mais do que todo mundo e finalizou de cabeça. Fábio se esticou todo e garantiu o Fluminense na final. Fim de jogo e festa carioca nos gramados do Rio Grande. Era o Fluminense na final.

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