• Gabi Portilho faz o gol das meninas do Brasil no fim do jogo
  • Arbitragem dá 16 minutos de acréscimo e chama atenção
  • Brasil encara a Espanha na próxima terça por vaga na final

O Brasil se recuperou das más atuações e venceu a França por 1 a 0 na tarde deste sábado, em Nantes, na França, em partida válida pelos Jogos Olímpicos de Paris no torneio feminino de futebol. Em um jogo onde o time de Arthur Elias, sem a Marta suspensa, esteve perto de levar um gol de pênalti no primeiro tempo, mas Lorena deixou o placar em 0 a 0.

A goleira da Seleção Brasileira, além da penalidade máxima que pegou de Karchaoui, mostrou segurança durante toda a partida. Nem mesmo nos piores momentos, como na parte final, quando a seleção já vencia, a arqueira se desesperou. Assim, com bastante transpiração, as meninas conseguiram vencer a França, algoz das duas últimas Copas do Mundo.

Gabi Portilho fez o único gol do jogo, aos 36 minutos, ao aproveitar a indecisão da dupla de zaga francesa e tocar na saída da goleira Picoud. Gabi poderia ter feito outro gol minutos depois, mas a certou a trave em mais uma roubada de bola do ataque brasileiro. Naquela ocasião, as francesas já não tinham esquema tático. Outro fator que chamou a atenção foram os 16 minutos de acréscimos que a arbitragem deu. Contudo, foram quase 20 minutos além do tempo.

Com a vitória, o Brasil se classificou para a semifinal olímpica contra a Espanha, adversárias da primeira fase, quando Marta acabou expulsa. Vale lembrar que as espanholas são as atuais campeãs mundiais. Quem vencer, garante uma medalha. Em caso de derrota, inda terão a disputa pelo bronze. A partida semifinal é na próxima terça-feira.

Lorena pega pênalti

O primeiro tempo começou com a o Brasil tomando conta das ações. Com uma postura diferente dos dois últimos jogos, as meninas da seleção brasileira estavam com uma marcação agressiva e tirou o ponto forte das francesas nos primeiros minutos. O primeiro ataque foi do Brasil com uma cabeçada de Gabi Portilho. Mas muito marcada, a bola foi para fora.

Foi então que na primeira chance da França, Katoto ajeitou de cabeça e deixou Delphine Cascarino livre para entrar na área. A camisa 10 acabou derrubada por Tarciane. Pênalti marcado e o VAR entrou em ação. Após três minutos analisando, a arbitragem confirmou a penalidade máxima. Karchaoui cobrou rasteiro, no canto direito de Lorena, que mandou para escanteio.

A França, embora com mais posse de bola e volume, não criava chances de gol. O Brasil se defendia bem mas o último passe para acertar o contra-ataque, não estava saindo. O jogo se concentrava na intermediária defensiva brasileira. A bola parada, então, passou a ser aliada do Brasil. Ana Vitória cabeceou bonito, mas a bola foi mascada para fora.

Na resposta francesa, Mbock cabeceou uma bola no travessão de Lorena. A defesa brasileira falhou e por pouco não levou o gol. No fim do primeiro tempo, a França se impôs e criou boas chances, mas a defesa do Brasil, como dito acima, esteve bem e conseguiu coibir as tentativas das donas da casa. Assim, as duas equipes foram para o intervalo em igualdade no placar.

Gabi Portilho decide para o Brasil

O segundo tempo começou com o Brasil criando mais uma situação que assustou as francesas. Adriana recebeu na direita e cruzou fechado. Picaud tirou com um tapa. Yasmim recuperou na esquerda e cruzou para Jhennifer, que acertou a cabeça na bola, mas foi para fora. A França ainda não havia começado a pressionar as meninas do Brasil. Mas esse momento começou a se desenhar aos poucos.

Depois de alguns minutos subindo as linhas aos poucos, a França empurrou a seleção brasileira para o seu campo defensivo e passou a pressionar. A partir de então a defesa brasileira passou a ser o time inteiro. Aos 13 minutos, Cascarino cruzou da direita na pequena área, Katoto sobe sem marcação mas cabeceou por cima do travessão. O gol perdido deu mostras de que as francesas estavam começando a se desesperar.

Esse desespero francês foi bom para o Brasil. Os contra-ataques, que não estavam saindo desde o primeiro tempo, começaram a encaixar. Aos 17, o Brasil quase abriu o placar. Kerolin tomou a bola de Wendie Renard na frente da área e deixou para Gabi Portilho em condições de marcar. A menina brasileira chutou cruzado para fora.

A seleção francesa passou a definir mais as jogadas. Sem muito capricho, mas os chutes passaram a sair mais. Tanto é que Karchaoui e Bacha criaram boas chances para as donas da casa. Assustou a arqueira Lorena. Contudo, os espaços dados pelas francesas deram resultado aos 36 minutos: em uma jogada de lateral, a bola chegou em Gabi Portilho. A atacante aproveitou a indecisão da dupla Mbock e Elisa de Almeida, e tocou na saída de Picoud pra abrir o placar: 1 a 0.

Quase 20 minutos de acréscimo

Logo depois do gol, a pressão começou novamente. Mas, de forma desordenada e com cruzamentos na área. O Brasil pegou alguns contra-ataques, mas pensou sempre mais em se defender do que fazer mais um gol. E teve chance. Gabi Portilho finalizou na trave depois de Ludmila roubar a bola na entrada da área francesa. Com quase 20 minutos de acréscimo, o Brasil se segurou e assegurou a vaga na semifinal olímpica.







18+ | Jogue com responsabilidade | Aplicam-se os Termos e Condições | Conteúdo comercial