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Palco do espetáculo

A Neo Química Arena, campo do Corinthians, em São Paulo, será a sede neste domingo, 5 de setembro, de mais uma edição do maior clássico da América do Sul. As seleções de Brasil e Argentina vão se enfrentar a partir das 16h (horário de Brasília).

O que está em jogo?

A partida faz parte da sexta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para Copa do Mundo do Qatar de 2022. Foi uma das jornadas adiadas devido às mudanças provocadas pela pandemia de Covid-19 no calendário e, agora, está sendo realizada. Assim, faltará mais uma rodada atrasada para ser reposta para que o calendário fique em dia. Algo que só deve acontecer em agosto. Tanto Brasil quanto Argentina estão com suas classificações para o Mundial muito bem encaminhadas, o que poderia diminuir a importância do encontro. No entanto, acontece justamente o contrário. Afinal, há menos de dios meses os argentinos derrotaram os brasileiros, no Maracanã, na final da Copa América 2021. Assim, o jogo é a chance de revanche para seleção canarinho.

Ataque x defesa

Gol não é exatamente uma obsessão para o técnico Tite. Mesmo assim, a seleção brasileira tem o melhor ataque das Eliminatórias Sul-Americanas para Copa do Mundo do Qatar de 2022. Foram 17 gols marcados em sete partidas realizadas até agora. Excelente média de 2,4 tentos por confronto. Os argentinos, mesmo contando com Lionel Messi e tendo uma postura ao menos em teoria mais agressiva, marcaram 12 vezes. Ficam na terceira posição desse ranking, sendo superados também pelo Equador, que marcou 16 gols. No Brasil, se há algo que sempre funcionou com eficiência na Era Tite foi o sistema defensivo. No torneio que vale vaga no próxio Mundial não é diferente. Foram somente dois gols sofridos. É, de longe, a melhor defesa da competição. Os argentinos ficam em segundo lugar nesse quesito. Tiveram sua rede balançada em seis oportunidades.

Mi casa, su casa

Em processo de reduzir as normas de restrição à presença de público em eventos, uma vez que os números de casos de Covid-19 diminuíram no Estado de São Paulo, o governo local liberou a presença de até 12 mil pessoas no jogo contra a Argentina. No entanto, os organizadores abriram mão de vender ingressos e de utilizar a capacidade a que teriam direito do estádio. Optaram por limitar o público a 1,5 mil pessoas. Não haverá venda de ingressos. Serão convidados. Enfim, haverá torcida no estádio. Porém, nada que faça o fator campo pesar realmente.

Naquele campo tá faltando ele

Alisson, Ederson, Fabinho, Fred, Roberto Firmino, Gabriel Jesus e Richarlisson. Todos eles foram chamados por Tite e não puderam se apresentar para seleção brasileira devido à restrição da Premier League. Quando voltassem para Inglaterra teriam que ficar em quarentena por dez dias. A Liga achou que era tempo demais para desfalcar seus times e permitiu aos clubes que descumprissem a obrigatoriedade de cedê-los imposta pela Fifa (Federação Internacional de Futebol). Já no Brasil, Claudinho e Malcon, do Zenit, da Rússia, se apresentaram, mas tiveram que voltar, uma vez que seu time vai estrear na Champions League contra um time da Inglaterra e também terão que cumprir a quarentena. Enfim, vai faltar muita gente que o treinador gostaria de ter como opção na hora de escalar. O Brasil pediu punição aos clubes que não deixaram seus atletas servirem a seleção. A Argentina foi mais maleável. Em vez do confronto, optou pela negociação. Entrou em acordo com Tottenham e Aston Villa, que deixaram seus jogadores seguirem viagem. Vão ficar disponíveis para o jogo contra o Brasil e voltam mais cedo. Assim, perderão somente um jogo do Campeonato Inglês. Cada lado abriu mão de uma partida e os dois ficaram satisfeitos com o acordo.

Professor Pardal

Precisando se adaptar diante das muitas ausências, Tite escalou o Brasil para enfrentar o Chile, na primeira das três partidas dessa bateria de jogos das Eliminatórias Sul-Americanas para Copa do Mundo do Qatar de 2022, com um sistema defensivo de quatro zagueiros, três meio-campistas de contenção e armação, dois jogadores de perfil mais ofensivo que ajudavam a compor o meio e ao mesmo tempo davam apoio ao único atacante com mais liberdade. No caso, Gabriel Barbosa foi o escolhido, tendo Neymar e Vinicius Juniors como municiadores. Porém, foi Everton Ribeiro, que entrou no lugar de Vinicius Júnior no intervalo quem vez o gol da vitória diante do chilenos. Assim, é bem possível que esteja entre os titulares neste domingo. A Argentina, de Lionel Scaloni, mesmo diante da frágil Venezuela, a quem superou por 3 a 1, não deu descanso a Lionel Messi, que atuou os 90 minutos. Utilizou uma formação com duas linhas de quatro (defensores e meias) e dois atacantes. Deve repetir o padrão tático contra a seleção brasileira.


O desempenho recente do Brasil

A seleção brasileira está disparada na liderança das Eliminatórias Sul-Americanas para Copa do Mundo do Qatar de 2022. Venceu todas as sete partidas que disputou até agora tendo acumulado os 21 pontos possíveis. A estimativa dos matemáticos é de que sejam necessários 27 pontos para que a classificação para o Mundial seja assegurada. O Brasil pode atingir esse patamar ainda nesta jornada de confrontos. Ainda que isso não dará, ao menos nesse momento, a garantia matemática da vaga. Como mandante, o time realizou três jogos. Marcou oito gols e não teve a defesa vazada.

Provável escalação do Brasil

 

Brasil na temporada atual


A forma atual da Argentina

Camisa Schalke 04 Bundesliga

Ainda que um pouco distante, a Argentina está na vice-liderança da tabela de classificação das Eliminatórias Sul-Americanas para Copa do Mundo do Qatar de 2022. Acumulou 15 pontos (quatro vitórias e três empates). Assim como acontece com o Brasil, segue invicta na disputa. Tem frente de seis pontos na comparação com a Colômbia, quinta colocada, que teria que disputar a repescagem para tentar um lugar no Mundial de acordo com a situação de momento, e oito pontos de vantagem em relação ao Paraguai, primeiro time fora do pelotão de elite. Como visitante, realizou quatro jogos conquistando dez pontos (três vitórias e um empate). Fez nove gols e sofreu quatro.

Provável escalação da Argentina

 

Argentina na temporada atual


Estatísticas de ambos os times

Palpite do Follmann para Brasil x Argentina:

Mesmo com o desejo de revanche, a seleção brasileira não deverá mudar sua postura tática ante a Argentina. O sistema defensivo tem prioridade. Assim, a agressividade será dosada com a vitória sendo perseguida correndo o mínimo risco possível. Isso faz com que o prognóstico na igualdade seja o palpite indicado para o clássico deste domingo pela sexta rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para Copa do Mundo do Qatar de 2022.

Prognóstico e palpite final para Brasil x Argentina:


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